terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Providência da Salvação

“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3: 15)


Temos uma luta estabelecida. Os termos foram lançados. O Homem havia cometido a desobediência e assim estava sendo condenado ao afastamento de Deus. Mas a impressionante sabedoria de Deus já se colocava aqui, expressando o que seria o início de importantes acontecimentos pelos séculos que seguiriam até a manifestação poderosa do Senhor Jesus na terra e sua missão



O antagonismo entre os seres humanos e as serpentes é usado para simbolizar o resultado da luta titânica entre Deus e o Maligno, guerra travada no coração e na história dos seres humanos. A descendência da mulher acabaria esmagando a cabeça da serpente, promessa cumprida na vitória de Cristo sobre Satanás – da qual todos os crentes participarão. Veja o que consta em Romanos 16:20 “E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés.

Segundo o pesquisador judeu, David H. Stern, o texto original explica que Deus, a fonte de shalom (paz, completude; a mesma expressão é usada em 15:33), esmagará em breve o Adversário, Satanás, a principal fonte de toda a oposição a Deus debaixo de seus pés. Esta imagem aparece em Gênesis 3:15 (conforme texto base deste comentário); compare Lc 10:19 “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum”, e uma obra judaica escrita por volta de 108 antes da E. C. (Era Comum), o Testamento de Levi 18:12:

“E Beliar (uma variante de B’liya’al, outro nome para Satanás, como em 2 Co 6: 15) será amarrado por ele (o “novo sacerdote” que o Senhor levantará, 18:2), e ele dará poder aos seus filhos para pisar em espíritos malignos.”



De acordo com Gênesis 3:15, é a “semente da mulher”, entendida em Gálatas 4:4 como o Messias, que “ferirá” ou “esmagará” a “cabeça” da serpente. Mas, aqui é Deus que esmagará o Adversário debaixo de seus pés. Portanto, por implicação, Yeshua (Jesus) é identificado com Deus e com aqueles que confiam nele.

A passagem de Gênesis 3: 15 é a primeira referência feita ao Messias. A segunda encontra-se em 12: 3 “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Deus está prometendo neste texto que o Messias, o Senhor Jesus Cristo, haveria de descender ou haveria de nascer da família de Abraão, conforme Mateus 1:1 (Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão). O propósito seletivo de Deus se vem delimitando desde todos os filhos de Adão, através de Noé, depois Sem, até o povo escolhido, os pósteros de Abraão que vieram de Isaque. É a terceira iniciativa, seguindo as duas primeiras nas quais os descendentes de Adão e de Noé falharam.
E ainda, aqui está o que se denomina de Proto-Evangelho, isto é, a primeira referência feita ao necessário Redentor, capaz de efetuar a purificação pelo pecado, bem como pagar a horrenda pena que este acarreta.

Observe-se que o termo “descendente” encontra-se no singular, portanto, uma referência clara feita a certa pessoa (Cristo) descendente de Eva, e não a toda raça humana. “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo (Gálatas 3: 16)”. Neste contexto, Isaque era em si incapaz de trazer as bênçãos a todos os povos, conforme diz o versículo 8 deste capítulo “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti”. Portanto, Cristo é a verdadeira “semente” em que as promessas têm o seu cumprimento (singular em Gênesis 12:7 “E apareceu o SENHOR a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao SENHOR, que lhe aparecera”; Gênesis 22: 17, 18 “Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; e em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz).


O que tem sido providenciado por Deus então, para os dias da atualidade, e que tem sido pronunciado através destas linhas resume-se nisso: A pessoa principal de nossa necessária transformação diária e salvação eterna é este, o Alfa, o Ômega, o Princípio e o Fim, a gloriosa Estrela da Manhã, Jesus Cristo – Senhor nosso, amado de nossas almas.

Apesar de termos sido incluídos em uma dura e intragável luta, desde os primórdios da criação, e estando a fitar como crianças incapazes de agir em meio à uma batalha na qual nós, nesses dias difíceis, sentimo-nos de certa forma despreparados para vencê-la, temos em Jesus o nosso maior guerreiro-general. Ele, além de nos colocar no front, incita-nos à luta. Levanta o moral da tropa, sem permitir que venhamos a desfalecer – o que causaria desvanecimento e enfraquecimento das forças opositoras à Satanás, quais somos treinados e incentivados a oferecer ao inimigo. Ele, não nos permite recuar! Antes nos leva avante.

Quando eu pesquisava a letra original do Hino Quadrangular (eu não poderia deixar de musicalisar o texto presente), glorifiquei a Deus quando li o seguinte texto: The enemy on ev’ry hand presseth hard the fray/ Lift the bloudstained banner hagh/It must not touch the gound. O que entendemos em português: O inimigo de todos os lados aperta e ataca/ Levante bem alto a bandeira manchada de sangue/ Ela não deve tocar o chão (Preach the Word – Pregue a Palavra, título original do Hino Oficial IEQ, composto por Aimée Semple McPherson).

É justamente nesses termos, segundo a maravilhosa composição da irmã Aimée (diga-se de passagem – grande artista! Pelas inúmeras composições entre peças teatrais, óperas e hinos), que entendemos a missão da Igreja atual: Oferecer resistência ao maligno a todo custo! Estamos empunhando o estandarte com o símbolo glorioso do Cordeiro e seu sangue é a marca de sua autoridade! Esta bandeira não pode cair! Não recuaremos ante as múltiplas formas que Satanás tem de atacar. A nossa defesa é o ataque ferrenho, determinado e obstinado.


Se Deus, em sua magnitude e sabedoria, já havia estabelecido pelo poder da Sua palavra, quando iniciou o grande combate entre o Diabo e o Homem, este, mencionado como a semente de Eva, depois a semente de Abraão, como poderemos nós pensar em recuar ou fraquejar diante das agruras da vida, seja em vida comum ou em vida ministerial! De forma alguma, amados colegas e leitores! Se a inimizade que fora estabelecida no início vier a causar algum dano, este será contra o Diabo e seus anjos que serão lançados no lago de fogo e enxofre que para eles foi preparado! A nós compete crer e ver a glória de Deus manifesta em nossos dias e seguir firme caminhando nas palavras daquele que é o nosso libertador, Jesus Cristo – a nossa providência da salvação!

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